7games Favoritismos #27: dicas, palpites e chances de vencer no Brasileirão

  7games  Seis mandantes da rodada estão envolvidos em uma disputa particular: permanecer na Série A em 2025. No extremo oposto da tabela de classificação, Palmeiras tem chance real de tomar liderança do Botafogo  7games

Dos dez jogos da rodada #27, em seis o mandante está envolvido em uma disputa muito particular: a luta para permanecer na Série A em 2025. Esses mandantes são Grêmio (14º colocado), Criciúma (15º), Fluminense (16º), Vitória (17º), Corinthians (18º) e Cuiabá (19º).7games

Talvez em outra edição do Brasileirão, o clássico Fluminense x Botafogo fosse disputado apenas por jogadores reservas, já que as duas equipes estão a um jogo das semifinais da Libertadores. Mas, desta vez, o Fluminense está fora do Z4 por dois pontos, e o Botafogo lidera com três pontos de vantagem para o Palmeiras, que pode lhe tomar a liderança nesta rodada. Se o Botafogo perder, e o Palmeiras derrotar o Vasco, em Brasília, o melhor saldo de gols dá a liderança à equipe paulista.7games

De 2006 para cá, o Vasco recebeu o Palmeiras 12 vezes pela Série A e só venceu três, contra cinco triunfos do Palmeiras. Desta vez, o jogo ainda será disputado em campo neutro.7games

O Corinthians recebe o último colocado Atlético-GO, um visitante que historicamente dá trabalho para a equipe paulista. O Criciúma recebe o Athletico-PR, atualmente o 13º colocado, mas com cinco pontos a mais que o Vitória, que abre o Z4 que leva para a Série B. Uma derrota da equipe paranaense a deixa em uma situação mais delicada, dependendo dos outros resultados.

Analisamos 109.467 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 4.432 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

Vitória x Juventude  7games

Favorito >> Vitória  7games

·       Uma partida importantíssima para o Vitória em relação à luta pela permanência na Série A: com 25 pontos, o Vitória é o primeiro do Z4 que leva para a Série B e precisa vencer em casa; o Juventude chega à rodada com sete pontos a mais, o que hoje lhe dá uma margem de segurança. O Vitória é o terceiro pior mandante (4 V, 2 E, 7 D, 36%); o Juventude, o segundo pior visitante (1 V, 4 E, 8 D, 18%).

·       Como mostra a linha vermelha dos gráficos de xG, o Vitória vem fechando sua defesa, permitindo a seus adversários criarem (estatisticamente) um nível de ameaça médio nos últimos cinco jogos de 0,92 gol por partida, um de seus melhores desempenhos defensivos neste Brasileirão. Como comparação, o Juventude tem sofrido finalizações com características para virarem mais de dois gols á oito rodadas (um ponto vale cinco jogos).

·       O ataque do Juventude é especialista no jogo aéreo, com seis dos últimos oito gols marcados assim. O Vitória sofreu assim três dos últimos cinco gols, mas também foram três em nove. A ver. O Vitória ataca em jogadas rasteiras: marcou, e o Juventude sofreu, seis dos últimos seis gols em trocas de passes.

Para ver os outros jogos, clique nas setas que estão antes da análise.  7games

Metodologia  7games

 

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2024 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol. 7games

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 109.467 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.432 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

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O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Favoritismos apresenta também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.